sábado, 23 de julho de 2016
Ouça a voz de teu coração
Basta perceber e você compreende que não é necessariamente o outro que tem todas as respostas para iluminar sua vida.
Apenas pare, respire e escute a doce voz que reside em seu interior. Ela que profere cânticos de amor e paz é a real forma da sua Sabedoria.
E por isso é a chave para entender sua própria Verdade!!!
Boa semana!
terça-feira, 19 de julho de 2016
O PODER DE CURA DA CRIATIVIDADE EM NOSSAS VIDAS (Parte 1)
Por: Thiago Ribeiro Borges
Nos dias de hoje somos aplacados por uma velocidade de mudanças em diferentes
cenários: social, econômico, político, profissional etc.
Se não bastasse tudo isso,
diariamente enfrentamos questões pessoais para serem resolvidas e dificuldades do
cotidiano que exigem soluções das mais variadas.
Todos esses desafios podem nos levar ao estresse, problemas de saúde, e até
mesmo a crises existenciais e de angústia.
Diante disso você deve estar se perguntando: o que podemos fazer pra
melhorar a situação?
Como resposta ao enfrentamento destes
obstáculos, o ser humano é capaz de utilizar uma de suas principais qualidades:
a
criatividade.
Geralmente
imaginamos que a criatividade, ou a capacidade de criar algo novo, está mais associada
a artistas, publicitários, músicos, inventores etc. Mas o que muitas vezes
ninguém sabe ou percebe, é que este potencial existe na vida de todos nós, seja
em menor ou maior grau, e que ele pode ser estimulado a se expressar na
realidade e nos ajudar cada vez mais.
O
pensamento criativo pode ajudar a enfrentar os desafios que encontramos por
meio de dois processos: o pensamento
divergente, que busca novas ideias através do pensar livre e aberto, gerando
resultados inusitados e fantásticos; e a partir do pensamento convergente, que se refere ao típico raciocínio utilizado
para resolver problemas de lógica (WECHSLER, 1993).
Enquanto
o pensamento divergente gera ideias originais e fantasiosas, o pensamento
convergente filtra estas ideias para que se tornem soluções passíveis de
aplicação na realidade.
Assim conseguimos chegar a soluções inovadoras,
revolucionárias e saudáveis para as dificuldades que aparecem em nossas vidas.
Estudos recentes (GARCÊS; POCINHO;
JESUS, 2013; NAKANO, 2012; OLIVEIRA; NAKANO, 2011) revelam que pessoas cuja
criatividade seja valorizada e incentivada apresentam algumas características
notáveis:
a) Possuem um maior
índice de ideias originais e inovadoras;
b) São mais flexíveis
diante de diversas situações do dia a dia;
c) Exibem maior abertura
e curiosidade para explorar novas ideias;
d) Têm maior
disposição para sair da zona de conforto;
e) Apresentam um alto
nível de resiliência, ou seja, conseguem ter uma maior capacidade de
resistência emocional e de enfrentamento aos problemas que se mostram em suas
vidas;
f) Conseguem resolver
melhor as dificuldades emocionais e psicológicas de maneira saudável e construtiva;
g) Dispõe de um amplo e
rico acesso à própria capacidade de imaginação;
h) Demostram uma
autoconfiança elevada, acreditando em seus novos projetos pessoais e/ou
profissionais, e fazendo todo o possível para superar os obstáculos encontrados
ao longo do caminho.
Na segunda parte do texto traremos dicas
para estimular o despertar da criatividade em sua vida!!!
Até a próxima
Referências bibliográficas
WECHSLER, S.M. Criatividade: Descobrindo e encorajando. Campinas: Editorial Psy, 1993.
GARCÊS, S.; PORCINO, M.; JESUS, S. N. Predição da criatividade e saúde
mental. Psicologia, saúde e doenças, Lisboa,
v.14, n.2, 2013.
NAKANO, T. C. Criatividade e inteligência emocional em crianças: um
estudo relacional. Psico, Porto Alegre, v.43, n.3,
OLIVEIRA, M. A.; NAKANO, T. C. Revisão de pesquisas sobre criatividade e
resiliência. Temas de psicologia, Ribeirão Preto, v.19, n.2, 2011.
quinta-feira, 14 de julho de 2016
A herança que perdemos de nossos ancestrais
Era uma vez há muito, muito tempo
atrás, na aurora da humanidade, uma época em que as pessoas contavam histórias
e viviam em amplos horizontes míticos, tinham ritos de passagem, celebravam a
mudança das estações por meio de rituais e se divertiam com as artimanhas dos deuses, raposas, duendes, corvos e fadas.
Hoje, porém, já atingimos a maioridade e abandonamos tais fantasias infantis. Deixamos as fábulas pra trás e entramos na era do conhecimento.
O método científico e a razão é que nos dão respostas aos fenômenos da natureza, a tecnologia é que nos dá poder de transformar aquilo que não gostamos e a realidade econômica é que determina nosso modo de passar o tempo.
Viva a revolução da informática e a
pobreza do espírito!
Daqui pra frente esse admirável mundo
novo das inteligências artificiais e bancos de dados é que nos informará de
tudo o que precisamos saber.
De tudo, menos do porquê e do
significado da vida pra cada um de nós.
Trecho
adaptado do livro “A jornada mítica de cada um” de Sam Keen e Anne Valley-Fox.
segunda-feira, 11 de julho de 2016
Colegas: são as atitudes que nos tornam diferentes
Por: Thiago Ribeiro Borges
Há alguns dias tive o prazer de assistir pela primeira
vez esta linda obra, fiquei encantado pela jovialidade, carisma e espontaneidade
dos protagonistas.
De imediato fica em evidência o fato de todos os três
serem pessoas com síndrome de Down, mas engana-se quem pensa que o filme foca apenas
neste tema.
Muito pelo contrário, o longa-metragem brasileiro, lançado
em 2012, e dirigido por Marcelo Galvão e com a participação de Lima Duarte e
outros artistas, destaca de maneira incrivelmente sensível e poética o amor
pela liberdade, a celebração das amizades e a realização dos próprios sonhos.
No início percebemos o ambiente institucional em que os
jovens residem, um centro para pessoas com deficiência, bem seguro, protegido e
controlado, mas que dificilmente dá abertura para estes serem independentes. Após
conviver por tanto tempo sob este regime, o inconformismo de Aninha, Márcio e
Stalone rompe barreiras. Eles fogem do instituto, se fantasiam e saem pela
estrada com um carro vermelho rumo a uma intensa jornada de desbravamentos e
descobertas pessoais.
Nesta situação podemos pensar o quanto nosso Ego (Eu), essa parte que nos dá
identidade pessoal, ou seja, nossa personalidade consciente é governada pelo
medo de sair da zona de conforto e interagir com o desconhecido, mesmo que seja
para nosso próprio benefício (JUNG, 2008).
A descoberta dos
potenciais inexplorados em nós mesmos causa medo e receio, afinal não sabemos
quais serão os resultados e consequências de novas ações, mas a partir da força
de vontade e coragem podemos dar um primeiro passo e descobrir o que este
grande mistério nos reserva.
Essa situação pode ser representada no filme pelo modo como
a sociedade, a mídia e as forças policiais identificam os três jovens, os
retratando de forma criminosa e marginalizada, tal como se fossem bandidos
perigosos e violentos. Tudo numa tentativa de impedir a jornada dos mesmos.
Muitas vezes a existência de um adversário que surge para
impedir a continuação de nosso caminho ou projetos pessoais não se encontra no
lado de fora, mas sim em nosso interior.
Este é a nossa Sombra, que
reúne os aspectos mais desagradáveis e moralmente inferiores de nossa
personalidade, sendo por isso rejeitados da consciência (JUNG,2008). Estes
elementos numa tentativa de serem reconhecidos em nossas vidas podem aparecer
de maneira distorcida e destruidora, tal como atos inconsequentes e
prejudiciais, sintomas psicológicos e até mesmo como figuras ou situações
monstruosas nos sonhos.
Para tanto, ouvir e compreender o chamado dos impulsos
mais naturais da psique é fundamental para uma maior qualidade de vida e saúde
emocional. Estes desejos tão intensos de crescer na vida e quebrar as barreiras
do conformismo são mobilizados pela essência mais importante de nosso ser, o Self (Si-mesmo), o centro de nossa
personalidade e principal responsável por nos guiar para um maior equilíbrio em
relação à vida (JUNG, 2015).
Dentre as vontades pessoais perseguidas pelos três heróis
desta jornada são destacadas três coisas simples: o desejo de Stalone de ver o
mar, o de Aninha de se casar com um cantor e o de Márcio de voar pelos céus.
Em meio à busca pela realização de tais metas, os jovens
se envolvem numa série de confusões e atos escandalosos, como assaltar lojas de
conveniência com uma arma de brinquedo tal como nos filmes que Stalone
assistia, sendo para eles nada mais que uma espécie de “brincadeira inocente”, não
ferindo ninguém no processo.
Tudo isto com a finalidade de continuarem a aventura,
enfrentando todo tipo de situação e dificuldade que aparecia pelo caminho da
forma mais criativa possível.
A jornada da trupe continua até conseguirem realizar o
desejo de Stalone e chegarem até o mar, onde caminham pela praia e passeiam de
barco. É interessante destacar que nos estudos da psicologia, a água é um
símbolo dos sentimentos e do inconsciente (aquilo de que ainda não temos
consciência, ou seja, o que ainda está submerso e abaixo da superfície), pois
tal como o líquido os sentimentos são fluídos e dinâmicos, podem ser calmos ou
tempestuosos, podem tomar diferentes formatos e permanecem em constante
movimento, assim como a água os sentimentos são a fonte da vida, da renovação e
da transformação (EDINGER, 2006).
Após este encontro dos personagens com o mar (sentimentos/inconsciente),
Márcio tem um sonho em que voa em um balão. Tal cenário acaba sendo indicador
de alguns papéis fundamentais que os sonhos têm em nossa vida, muitas vezes
compensando nossos desejos mais profundos que ainda não foram concretizados no
mundo real, nos preparando à possibilidade do acontecimento se realizar no
futuro e apontando à resolução de problemas de nossa vida de forma criativa e
lúdica, contribuindo imensamente para nosso equilíbrio psicológico e qualidade
de vida (WHITMONT; PERERA, 1995).
O próximo desejo realizado é o de Aninha, casar-se com um
cantor. Porém, após uma série de eventos a situação segue outra direção e a
jovem casa-se com Stalone, que a admirava secretamente, vivendo um belo caso de
amor.
Podemos entender que somente após o confronto com os
próprios sentimentos é que se abre a possibilidade de vivenciar um
relacionamento amoroso com o outro, deixando que aspectos mais amadurecidos da
personalidade possam conduzir ambos os parceiros a uma relação saudável,
respeitosa e duradoura (JOHNSON, 2009).
Por fim antes da realização do último desejo, a vontade
de Márcio de voar pelos céus, este acaba sendo baleado num abordagem feita
pelos policiais para prender os jovens.
Em tal momento, podemos entender que o acontecimento
representa a vivência de uma morte simbólica, o encerramento de um ciclo, dando
abertura para um novo recomeçar, carregado de inúmeras possibilidades, padrões
de comportamento e metas pessoais (JUNG, 2008).
Ao perceber que o ferimento não foi tão grave, Márcio é
acordado por Stalone, indicando que eles estavam num avião voando de volta para
casa, o que traz imensa alegria ao rapaz ao ver seu desejo realizado.
No final da
aventura a mudança de perspectiva em relação ao mundo e a própria vida se
altera completamente. Novos horizontes são percebidos e diferentes
potencialidades e aspectos da personalidade são reconhecidos e convidados a
fazer parte de nossa realidade consciente, deixando de ser sombrios e saindo do
campo da inconsciência.
Uma jornada que permite tal despertar não precisa se dar necessariamente
no mundo exterior, mas sim dentro de cada um de nós, numa atitude de “olhar
para dentro” e ter coragem e a sensibilidade para aceitar e reconhecer o que
existe em nosso interior.
Por fim, podemos perceber que o filme é um retrato da
liberdade pessoal que existe em qualquer pessoa, tenha esta deficiência ou não,
além de apontar o quanto nossa atitude frente às possibilidades da vida são
fundamentais para a concretização de nossos sonhos e da nossa realização
enquanto seres humanos carregados de desejos.
Referências
bibliográficas
JOHNSON, R. A. We: a chave da psicologia do amor romântico. 2ªed. São Paulo: Mercuryo, 2009.
JUNG,
C. G. Sonhos, memórias e reflexões. ed.
especial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.
______.
O homem e seus símbolos. 2ª ed. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
EDINGER,
E. F. Anatomia da psique: o simbolismo
alquímico na psicoterapia. São Paulo: Cultrix, 2006.
WHITMONT,
E. C.; PERERA, S. B. Sonhos: um
portal para a fonte. São Paulo: Summus,1995.
quarta-feira, 6 de julho de 2016
Pois questionar-se faz bem!!!
Caríssimos boa noite, eis um novo pensamento para reflexão
Um homem todos os dias examinava a si mesmo sob três aspectos:
1º) Ao lidar com outras pessoas, fiz o melhor possível pelo bem-estar do outro?
2º) Em relação a meus amigos, fui verdadeiro e fiel a minhas palavras?
3º) Aprendi algo novo ao final do dia de hoje e que poderia ensinar ao próximo?
Este homem foi feliz, pois encontrou o seu caminho diante da vida em harmonia com seu semelhante.
Uma boa semana a todos
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